PAZ

Minha foto
VALORES DE VIDA E PAZ!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Adolescente dos 10 aos 15 anos




CRESCER

Crescer é um processo que envolve alterações dos órgãos internos e resulta em modificação nas formas do corpo, transformando crianças e adultos.
É muito difícil de ser aceito pelas crianças e, às vezes, pelos próprios pais.
Ninguém cresce da mesma forma e no mesmo ritmo, isso porque o crescimento é resultado da interação de dois fatores: os genéticos e os ambientais. Os fatores genéticos, herdados de nossa família, marcam as principais características do corpo: a cor dos olhos, cabelos, quantidade de pêlos. Assim, cada um de nós nasce com um potencial genético de crescimento, uma altura até onde podemos chegar. Desenvolvê-la ou não, dependerá de outros fatores.
O esporte por exemplo feito com prazer e dentro dos limites de cada um, contribui para a saúde, colaborando com o crescimento, mas nunca fazendo crescer.
O crescimento está diretamente relacionado com o estado de saúde geral das crianças. Doenças crônicas como asma, nefrite ou diarréia podem interferir no desenvolvimento e fazer com que a criança estacione durante o período crítico. As doenças crônicas ou recorrentes debilitam a criança, fazendo com que não se desenvolva como deve. No caso de anemia crônica, por exemplo, quando há uma queda acentuada de hemácias no sangue, a oxigenação dos tecidos fica comprometida, já que o transporte do oxigênio é feito por essas células. Isso pode afetar o crescimento.
A deficiência alimentar grave também, é prejudicial. Ao contrário da desnutrida, a criança que tem uma alimentação variada possibilita que suas células recebam todos os elementos e trabalhem em potência máxima.

CARINHO, AFETO
Tão importante quanto à boa alimentação, o afeto, é ingrediente fundamental para que a criança cresça.
Muito da estimulação para o crescimento chega até o cérebro através dos órgãos dos sentidos. Assim, tem mais chance de alcançar o máximo de seu potencial de crescimento a criança que é tocada e tratada com carinho.
Esse aspecto é tão sério que meninas e meninos traumatizados pela perda repentina dos pais podem parar de crescer momentaneamente. É a Síndrome de nanismo psicossocial. Um quadro em a falta de afeto pode bloquear a produção dos hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento.

AUTOESTIMA
Quando a autoestima está em jogo, é muito comum que o adolescente passe a se comparar com os colegas. Quem cresceu mais se sente o rei da turma. Quem ainda não chegou lá passa a ser vítima de piadas e brincadeiras. Acostumado a lidar com adolescentes no dia-a-dia, o médico Marcos Pragana dos Santos faz uma analogia bem-humorada: Eles parecem estar numa corrida de Fórmula 1. Todos torcendo para que os carros dos outros corredores quebrem. Durante a puberdade, quando os hormônios sexuais modificam a composição corpórea e fazem com que haja uma maior liberação do hormônio de crescimento, acontece o chamado estirão puberal ou pulo de altura.
Diferente para meninos e meninas, o estirão também varia de forma ampla, na velocidade e duração, entre adolescentes do mesmo sexo. Isso significa, esclarece o doutor Pragana, que comparar a altura de uma criança com a de outra da mesma idade não faz sentido. Uma pode ter entrado na puberdade mais cedo que a outra. Quem é o mais baixo hoje pode ser o mais alto amanhã e vice-versa.
Nas meninas, a maior velocidade do estirão acontece no começo da puberdade, por volta dos 12 anos e meio, quando elas podem crescer até 8 centímetros por ano. Nos meninos, o grande salto de altura vem mais tarde, por volta dos 14 anos, quando eles chegam a espichar até 10 centímetros por ano. Mas e se no final das contas o adolescente se tornar um adulto com pouca altura? É uma possibilidade. Daí a importância de os pais ensinarem os filhos a conviver com essa característica e até, por que não, encará-la com humor.

HORMÔNIOS
Boa parte das crianças baixinhas não tem problemas de saúde. São pequenas por sua herança genética. O problema se dá quando, contrariando essa premissa, os pais optam por medidas drásticas para mudar a altura dos filhos.
Já vi muita gente querer crescer ou fazer o filho crescer a qualquer preço, diz Márcia Nery (endocrinologista).
Parte de uma sociedade que valoriza a altura, esses pais normalmente se deixam influenciar por padrões rígidos. A filha que quer ser modelo, o filho que gostaria de jogar vôlei. ..argumentos.como esses passam a ser suficientes para que as crianças se submetam a tratamentos longos, caros e, muitas vezes, ineficazes. Há algum tempo, pensava-se que o hormônio de crescimento era a panacéia. A saída para todos os casos. Penso que, em geral, ainda há um abuso na prescrição do hormônio. Chega-se até a atrasar a entrada da criança na puberdade e a administrar hormônio de crescimento para que ela chegue ao estirão com alguns centímetros a mais. Um recurso que, segundo a médica, deveria ser útil apenas em casos graves.
Entrevistas retiradas de uma revista. (matéria adolescentes)
Evelyn Eisenstein (médica de adolescentes)
Marcos Pragana dos Santos (pediatra)
Márcia Nery (endocrinologista)
Hospital das Clínicas (São Paulo)