Por volta do segundo mês:
A base da linguagem é constituída por um jogo sensório-motor, chamado sons guturais, são os sons que o bebê produz exercitando as cordas vocais.
A partir do terceiro mês:
Aparece o estágio do chilreio (sons agudos e estridentes) tagarelar, falar e a criança repete, modifica e modula os sons guturais, compondo um autêntico exercício vocal. Durante este período podemos ouvir a criança gorjeando, produzindo longos sons de vogais como uuuuuuuuu ou murmúrios de vários tipos. Há muitos sons de prazer que em geral, são manifestados quando a criança está sendo alimentada, tomando banho ou está contente por qualquer outra razão; mas eles não são linguagens.
Por volta dos 06 meses de idade:
Começa uma nova fase chamada fase do balbucio. A criança balbucia sons como kikiki, dadadadadada e dibudiludi. A criança gasta mais tempo produzindo sons (quando sozinha em seu berço antes de adormecer).
As vogais e consoantes começam a ser combinadas nas sílabas como ga e da.
Durante a última parte do período de balbucio, a criança começa a enfileirar seqüências completas de combinações de mesmos sons, como dadadadadada ou gigigigigigi. Este jogo, que parece continuamente repetitivo, é chamado ecolalia (a criança repete a si própria).
A primeira palavra:
Em torno da idade de (0 meses a 1 ano) a criança começa a fazer uso da linguagem para representar, predomina, então, o aspecto intelectual da linguagem.
A emissão de sons como papa ou mama é reforçado pelo adulto, surgindo assim às primeiras palavras. Os sons emitidos pelo adulto falando à criança adquirem valor, representativo. A criança é sensível ao valor da linguagem, antes de ser capaz de utilizar a palavra.
O grito do bebê tem tonalidade emocional muito primitiva e ganha valor expressivo de angústia ou de alegria bem marcada ocupando-se dela, brincando com ela, é que a mãe ensina à criança a língua materna, e essa aquisição é fortemente ajudada pelos sentimentos para com sua mãe.
A carência dos fatos afetivo é responsável pelo atraso do aparecimento da linguagem, pela pobreza da linguagem nas crianças de instituições, pela regressão verbal nas criança colocadas muito cedo em ambientes carentes de afetividade.
Entre 1 ano e dois anos: o vocabulário infantil passa de aproximadamente, sete para cerca de duzentas palavras. A criança usa uma única palavra para exprimir uma sentença total ou frase. Exemplo: mama (mamãe eu quero mamar); água (mamãe eu quero água). Para compreendermos a linguagem inicial da criança é necessário ver o que a criança está fazendo, em que situação se encontra.